Ver com as mãos/
Seeing with hands
Covilhã, março de 2019, para Sound&Vision festival industrial de arte.
Uma escultura/instalação sensorial e interativa criada sob a premissa de que se vê melhor com as mãos, pois os olhos informam o desejo de tocar.
Tocar para ver é um ato tão natural quanto desaprovado. Podemos sempre olhar e ver, mas tocar inadvertidamente é, na melhor das hipóteses, um ato deselegante, no máximo, violento, e este conceito aplica-se a muitos contextos. Não resistir ao desejo de tocar numa variedade de coisas pode ter resultados significativos, como choques elétricos, cortes, queimaduras, unhas perdidas, amor, prazer, energia, música e arte.
O toque é endémico; tocar é uma ligação com algo ou alguém, e o toque cria ondas que são um eco do mundo na nossa pele.
Esta instalação foi um convite ao toque e à sua capacidade de gerar prazer, informação, memórias, emoções e arte.
Objetos têxteis e outros ligados à memória da Covilhã estão suspensos e sensíveis ao toque num ato acrobático entre a eletrónica e a programação. Criado em parceria com Diogo Melo, amigo e colaborador em todos os projetos onde a sua magia é exigida.
Técnicas e materiais: Objetos encontrados na Covilhã, cabo de aço, placa de circuito e alto-falantes.
Sons locais gravados: Rotunda, café central, jardim, igreja, fábrica, pessoas.
Covilhã, march 2019, for Sound&Vision industrial arts festival.
A Sculpture/sensory and interactive installation created upon the proposition that one may better see with one´s hands, as the eyes inform the desire for touch.
Touching to see is as natural an act as it is frowned upon.
We can always look and see, but touching inadvertently is, at best, an inelegant act, at most, violent, and this concept applies to many contexts. Not resisting the urge to touch a variety of things can have significant outcomes, such as electrical shocks, cuts, burns, lost nails, love, pleasure, energy, music and art.
Touching is endemic; touching is connecting to something or someone, and touch creates waves that are an echo of the world on our skin.
This installation was an invitation to touch and its capacity to generate pleasure, information, memories, emotions and art.
Textile objects and others linked to the memory of Covilhã are suspended and responsive to the touch in an acrobatic act between electronics and programming. Created in partnership with Diogo Melo, friend and collaborator in all projects where his magic is required.
Techniques and materials: Found objects in Covilhã, steel cable, circuit board, and speakers.
Local sounds recorded: Roundabout, central cafe, garden, church, factory, people.